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Cientistas franceses criam lentes espirais que melhoram nitidez na correção de distúrbios visuais

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Quem precisa de óculos para corrigir miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia conhece os limites e a dificuldade no uso das lentes de contato. Já os óculos multifocais, apesar de confortáveis, exigem adaptação e a correção nem sempre é perfeita. Mas, um novo tipo de lente de contato poderá resolver esse problema. Ela foi inventada pelo optometrista francês Laurent Galinier, com a colaboração do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França (CNRS).

Taíssa Stivanin, da RFI

No início, a ideia de Galinier era ajudar os pacientes que sofrem de uma doença genética chamada Queratocone, que altera a forma da córnea, a enxergar melhor. O especialista francês então inventou uma lente espiral: os feixes de luz giram dentro da lente e criam um vórtice ótico, o que proporciona um foco preciso, independentemente da distância e da claridade.

Para aperfeiçoar sua invenção, em 2018 Galinier procurou dois cientistas do CNRS para esclarecer dúvidas em Óptica, a área da Física que estuda os fenômenos associados à luz.

Para chegar ao resultado final, a equipe realizou um trabalho de modelização matemática para observar como a luz se propagava, explica Bertrand Simon, que atua no laboratório de Fotônica, Digitalização e Nanociências do CNRS.

Esse estudo prévio foi publicado neste ano na revista científica internacional Optica. O protótipo digital das lentes foi produzido por uma empresa especializada, que se associou ao inventor na produção.

“Para quem tem presbiopia, e esse é meu caso, usamos lentes multifocais. Dependendo da parte da lente, e da direção do olhar, a correção não será a mesma. Os óculos funcionam, mas há pequenos problemas relacionados à deformação da imagem capturada pela visão”, detalha Bertrand Simon.

Durante dois anos, Laurent Galinier e os pesquisadores aprimoraram as lentes espirais. Testadas em 2020, elas criam pontos focais diferentes no campo de visão.

Lente multifocais geram deformações

O cientista francês explica que a maneira como as lentes multifocais são construídas hoje gera deformações. “Nosso problema é que o olho tem um diafragma, a pupila, que vai abrir e fechar em função da luminosidade. E quando ela abre, ou fecha principalmente, vamos perder a correção do lado externo da lente de contato”, explica. Isso pode ser observado quando a pessoa que usa óculos multifocais olha para o lado ou para cima, por exemplo.

O resultado é o surgimento de distorções que podem gerar problemas para dirigir, entre outras dificuldades. “A vantagem da lente que estamos propondo é que criamos uma nova maneira de obter o foco. Isso fará com que todas as zonas de correção, inclusive a externa, sejam capturadas pela lente, independentemente da abertura da pupila. Essa é a grande vantagem. As lentes espirais também podem ser usadas para implantes intraoculares, como é o caso de pacientes que foram operados de catarata e têm um implante no lugar do cristalino”, diz.

A invenção já foi patenteada e a previsão é que chegue ao mercado em maio, mas ainda não há detalhes sobre a comercialização. Por hora, os cientistas franceses continuam trabalhando com Laurent Galinier para entender melhor alguns aspectos observados durante os testes com pacientes, explica Bertrand Simon.

Um dos efeitos, por exemplo, é a hiperacuidade, ou seja, uma visão superpotente. A correção obtida com as lentes espirais melhora a vista em um nível bem mais elevado do que o proporcionado pelas lentes e óculos comuns.

“Gostaríamos de entender isso e temos pistas sobre os elementos físicos que estariam na origem dessa hiperacuidade, mas isso requer bastante trabalho para caracterizar e medir. Está relacionado à Física do vórtice”, explica o cientista francês, que testou o produto.

Segundo ele, pelo menos 10 pacientes já testaram o acessório durante o estudo, mas vários voluntários já procuraram a equipe para testar as lentes. O uso do vórtice ótico, lembra, abre várias possibilidades, que incluem o aperfeiçoamento das técnicas de cirurgia refrativa, que usam lasers específicos. "Mas isso ainda deve ser testado em outras pesquisas", resume.

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No início, a ideia de Galinier era ajudar os pacientes que sofrem de uma doença genética chamada Queratocone, que altera a forma da córnea, a enxergar melhor. O especialista francês então inventou uma lente espiral: os feixes de luz giram dentro da lente e criam um vórtice ótico, o que proporciona um foco preciso, independentemente da distância e da claridade.

Para aperfeiçoar sua invenção, em 2018 Galinier procurou dois cientistas do CNRS para esclarecer dúvidas em Óptica, a área da Física que estuda os fenômenos associados à luz.

Para chegar ao resultado final, a equipe realizou um trabalho de modelização matemática para observar como a luz se propagava, explica Bertrand Simon, que atua no laboratório de Fotônica, Digitalização e Nanociências do CNRS.

Esse estudo prévio foi publicado neste ano na revista científica internacional Optica. O protótipo digital das lentes foi produzido por uma empresa especializada, que se associou ao inventor na produção.

“Para quem tem presbiopia, e esse é meu caso, usamos lentes multifocais. Dependendo da parte da lente, e da direção do olhar, a correção não será a mesma. Os óculos funcionam, mas há pequenos problemas relacionados à deformação da imagem capturada pela visão”, detalha Bertrand Simon.

Durante dois anos, Laurent Galinier e os pesquisadores aprimoraram as lentes espirais. Testadas em 2020, elas criam pontos focais diferentes no campo de visão.

Lente multifocais geram deformações

O cientista francês explica que a maneira como as lentes multifocais são construídas hoje gera deformações. “Nosso problema é que o olho tem um diafragma, a pupila, que vai abrir e fechar em função da luminosidade. E quando ela abre, ou fecha principalmente, vamos perder a correção do lado externo da lente de contato”, explica. Isso pode ser observado quando a pessoa que usa óculos multifocais olha para o lado ou para cima, por exemplo.

O resultado é o surgimento de distorções que podem gerar problemas para dirigir, entre outras dificuldades. “A vantagem da lente que estamos propondo é que criamos uma nova maneira de obter o foco. Isso fará com que todas as zonas de correção, inclusive a externa, sejam capturadas pela lente, independentemente da abertura da pupila. Essa é a grande vantagem. As lentes espirais também podem ser usadas para implantes intraoculares, como é o caso de pacientes que foram operados de catarata e têm um implante no lugar do cristalino”, diz.

A invenção já foi patenteada e a previsão é que chegue ao mercado em maio, mas ainda não há detalhes sobre a comercialização. Por hora, os cientistas franceses continuam trabalhando com Laurent Galinier para entender melhor alguns aspectos observados durante os testes com pacientes, explica Bertrand Simon.

Um dos efeitos, por exemplo, é a hiperacuidade, ou seja, uma visão superpotente. A correção obtida com as lentes espirais melhora a vista em um nível bem mais elevado do que o proporcionado pelas lentes e óculos comuns.

“Gostaríamos de entender isso e temos pistas sobre os elementos físicos que estariam na origem dessa hiperacuidade, mas isso requer bastante trabalho para caracterizar e medir. Está relacionado à Física do vórtice”, explica o cientista francês, que testou o produto.

Segundo ele, pelo menos 10 pacientes já testaram o acessório durante o estudo, mas vários voluntários já procuraram a equipe para testar as lentes. O uso do vórtice ótico, lembra, abre várias possibilidades, que incluem o aperfeiçoamento das técnicas de cirurgia refrativa, que usam lasers específicos. "Mas isso ainda deve ser testado em outras pesquisas", resume.

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