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Como a TV tradicional tem conseguido enfrentar o avanço do streaming

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A disseminação dos serviços de streaming e as mudanças nos hábitos de consumo dos usuários na última década levam a audiência da televisão tradicional a cair a cada ano, no Brasil, nos Estados Unidos ou na Europa. E quando grandes atores do mercado se reposicionam para se adaptar a essa revolução digital, a questão fundamental volta a emergir: a televisão linear está fadada a desaparecer?

No cenário internacional, a última a mexer as peças no tabuleiro foi a Disney, que passa por um grande processo de reformulações desde que anunciou a intenção de ceder canais de peso como a emissora da TV aberta ABC e os canais a cabo National Geographic e FX. O grupo investiu pesado no streaming, em especial a Disney +, apostando na tendência antecipada por muitos analistas especializados.

“Tem Disney+, Star+, a ESPN, o Hulu, que eles acabaram de adquirir o controle. O caso da Disney é bem particular: é muito agressivo o investimento que ela faz no streaming e, pelo que temos de informação, esse investimento ainda não teve o retorno esperado – até porque o mercado de streaming não está crescendo na velocidade que alguns analistas previam. Em cima dessas previsões irreais, muitos investimentos foram feitos e eles precisam tirar o dinheiro de algum lugar para cobrir o buraco”, explica Fernando Morgado, professor de cibercultura e inteligência de mercado na ESPM-Rio.

Ele é um dos que acreditam que, apesar das profundas transformações por que passa o setor de mídia audiovisual, a televisão convencional ainda terá o seu lugar na casa dos telespectadores – mas não da mesma maneira que a consolidou.

TV mais ao vivo

Antes, uma parte importante do conteúdo era gravado ou vinha pronto do exterior – os famosos ‘enlatados’. Agora, as plataformas souberam ocupar esse espaço e sobrou para as televisões investirem nos programas ao vivo e locais, além dos de ‘infotainment’, programas que aliam entretenimento com informação.

“Não vejo esse fim tão cedo. Eu vejo uma complementaridade e parto da ideia da adaptação que os negócios são obrigados a fazer”, avalia. “A TV convencional, como a gente conhecia até uns anos atrás, essa morreu. No lugar dela, surgiu uma nova: mais ao vivo, mais jornalística, e também com mais eventos. Os torneios de futebol estão com os direitos de transmissão nas alturas, com valores que nunca foram alcançados antes – e isso também ajuda a manter um modelo de televisão baseado em horários”, observa.

Neste aspecto, o especialista observa que a programação ao vivo oferecida pelas emissoras encontra eco no fenômeno da segunda tela: ao mesmo tempo em que o telespectador assiste a um programa, usa o celular para comentar e repercutir com outros no mesmo momento, pelas redes sociais.

“Isso tem ocupado espaço no mundo inteiro e é realmente um refúgio para os canais lineares, porque o ao vivo dá o senso de urgência, dá a emoção. Existem inclusive estudos que mostram que quando tem um programa de TV com o selo ao vivo, a audiência cresce, em comparação com conteúdo gravado”, salienta.

YouTube: concorrente ou aliado?

Quanto às redes sociais, não necessariamente elas devem ser vistas como concorrentes, mas sim como aliadas, ressalta Morgado. Emissoras com recursos mais limitados tem usado a plataforma YouTube para continuar a se desenvolver.

No Brasil, o SBT se tornou um caso de sucesso mundial de migração dos telespectadores da telinha para a plataforma, sem necessidade de investimentos colossais em tecnologia, como fez a Globo com o Globoplay. Dados da Kantar Ibope Media, que tem feito a aferição da audiência de streaming, apontam que o YouTube já representa 15% da audiência de TV no Brasil.

“Não precisa pagar e eu diria que é a nova TV aberta, dada a popularidade do conteúdo, a variedade, só que turbinada pela participação do usuário – em que ele também gera conteúdo e não depende apenas de quatro ou cinco redes de TV mais fortes”, complementa Morgado.

Segundo um relatório da consultoria especializada americana Nielsen, a televisão linear hoje representa menos de 50% do consumo audiovisual nos Estados Unidos, enquanto o streaming – incluindo o YouTube – atinge 38,6% do uso de um aparelho de TV por família no país.

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No cenário internacional, a última a mexer as peças no tabuleiro foi a Disney, que passa por um grande processo de reformulações desde que anunciou a intenção de ceder canais de peso como a emissora da TV aberta ABC e os canais a cabo National Geographic e FX. O grupo investiu pesado no streaming, em especial a Disney +, apostando na tendência antecipada por muitos analistas especializados.

“Tem Disney+, Star+, a ESPN, o Hulu, que eles acabaram de adquirir o controle. O caso da Disney é bem particular: é muito agressivo o investimento que ela faz no streaming e, pelo que temos de informação, esse investimento ainda não teve o retorno esperado – até porque o mercado de streaming não está crescendo na velocidade que alguns analistas previam. Em cima dessas previsões irreais, muitos investimentos foram feitos e eles precisam tirar o dinheiro de algum lugar para cobrir o buraco”, explica Fernando Morgado, professor de cibercultura e inteligência de mercado na ESPM-Rio.

Ele é um dos que acreditam que, apesar das profundas transformações por que passa o setor de mídia audiovisual, a televisão convencional ainda terá o seu lugar na casa dos telespectadores – mas não da mesma maneira que a consolidou.

TV mais ao vivo

Antes, uma parte importante do conteúdo era gravado ou vinha pronto do exterior – os famosos ‘enlatados’. Agora, as plataformas souberam ocupar esse espaço e sobrou para as televisões investirem nos programas ao vivo e locais, além dos de ‘infotainment’, programas que aliam entretenimento com informação.

“Não vejo esse fim tão cedo. Eu vejo uma complementaridade e parto da ideia da adaptação que os negócios são obrigados a fazer”, avalia. “A TV convencional, como a gente conhecia até uns anos atrás, essa morreu. No lugar dela, surgiu uma nova: mais ao vivo, mais jornalística, e também com mais eventos. Os torneios de futebol estão com os direitos de transmissão nas alturas, com valores que nunca foram alcançados antes – e isso também ajuda a manter um modelo de televisão baseado em horários”, observa.

Neste aspecto, o especialista observa que a programação ao vivo oferecida pelas emissoras encontra eco no fenômeno da segunda tela: ao mesmo tempo em que o telespectador assiste a um programa, usa o celular para comentar e repercutir com outros no mesmo momento, pelas redes sociais.

“Isso tem ocupado espaço no mundo inteiro e é realmente um refúgio para os canais lineares, porque o ao vivo dá o senso de urgência, dá a emoção. Existem inclusive estudos que mostram que quando tem um programa de TV com o selo ao vivo, a audiência cresce, em comparação com conteúdo gravado”, salienta.

YouTube: concorrente ou aliado?

Quanto às redes sociais, não necessariamente elas devem ser vistas como concorrentes, mas sim como aliadas, ressalta Morgado. Emissoras com recursos mais limitados tem usado a plataforma YouTube para continuar a se desenvolver.

No Brasil, o SBT se tornou um caso de sucesso mundial de migração dos telespectadores da telinha para a plataforma, sem necessidade de investimentos colossais em tecnologia, como fez a Globo com o Globoplay. Dados da Kantar Ibope Media, que tem feito a aferição da audiência de streaming, apontam que o YouTube já representa 15% da audiência de TV no Brasil.

“Não precisa pagar e eu diria que é a nova TV aberta, dada a popularidade do conteúdo, a variedade, só que turbinada pela participação do usuário – em que ele também gera conteúdo e não depende apenas de quatro ou cinco redes de TV mais fortes”, complementa Morgado.

Segundo um relatório da consultoria especializada americana Nielsen, a televisão linear hoje representa menos de 50% do consumo audiovisual nos Estados Unidos, enquanto o streaming – incluindo o YouTube – atinge 38,6% do uso de um aparelho de TV por família no país.

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