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#138 Conversas de Ateliê - E a qualidade do debate político brasileiro? #37

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Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê!

Na mesa temos Paulo Henrique Martins, André Magnelli, Bia Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, conversamos sobre a qualidade do debate político brasileiro. No dia 15 de setembro, durante um debate com os candidatos à prefeitura de São Paulo na TV Cultura, o candidato do PSDB José Luiz Datena agrediu o candidato Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada. Marçal foi levado ao Hospital Sírio-Libanês e sofreu uma fratura na costela, segundo sua equipe. O evento ocorreu após Marçal perguntar à Datena quando ele “pararia com a palhaçada” e desistiria da candidatura. Antes, o coach havia mencionado a denúncia de assédio sexual contra o apresentador. Datena retrucou chamando Marçal de “bandidinho”. Marçal responde perguntando novamente quando Datena ia desistir e o chama de “arregão”, além de dizer “Você não é homem.” Na sequência, Datena ataca Marçal com uma cadeira. No dia 23, em um debate organizado pelo Grupo Flow em parceria com o Grupo Nexo na Faculdade de Direito da USP, Marçal é protagonista novamente ao ser expulso por desrespeito às regras do debate, já no final do evento. Estavam proibidos ofensas, insultos e xingamentos, e o participante que acumulasse 3 faltas seria expulso. Marçal já havia sido advertido repetidas vezes. Em paralelo, o marqueteiro da campanha de Ricardo Nunes (MDB) foi agredido com um soco por um assessor de campanha de Marçal. Segundo testemunhas, o marqueteiro de Nunes haveria rido após Marçal ser advertido pelo mediador, o que levou à agressão.

Em meio à polarização crescente, à fragmentação dos discursos, às discussões em redes sociais e às cadeiradas em oponentes, surge a questão: como chegamos aqui e o que podemos fazer? A noção de “esfera pública”, discutida desde John Dewey até Jürgen Habermas e Nancy Fraser, evoca um espaço de comunicação entre cidadãos e cidadãs engajados no funcionamento de um regime democrático. Para Habermas, a própria ação comunicativa em sua estrutura guarda um potencial racional emancipatório que é vulnerável às distorções sistêmicas, seja pela influência de forças econômicas ou políticas deturpadoras. Para Fraser, a ideia de esfera pública deve ser alargada para pensar como esta se estrutura de acordo com categorias sociais marcantes. Assim, emergiriam esferas públicas subalternas de populações que se sentiriam alienadas da arena política. Quando observamos o Brasil e o mundo hoje, encontramos ânimos exaltados, raiva e violência, lacrações e refutações, em suma, um campo de batalha que em nada lembra a ágora. Será que tal espaço de debate racional e democrático um dia existiu, ou é um ideal regulador que devemos buscar, especialmente em tempos como o presente?

Estaríamos ainda vivendo numa democracia, ou já descambamos para um tipo de “hiperdemocracia” ou para uma “democratura”, nos termos de Rosanvallon, com populações reativas e desacreditadas da política e do político? Se é certo que a qualidade do debate político hoje deixa a desejar, podemos imaginar meios de melhora-lo?

No segundo bloco, exclusivo para sócio-apoiadores, conversamos sobre a demissão de Silvio Almeida mediante acusação de assédio sexual.

Tópicos discutidos: Debate político; Esfera Pública; Democracia; Eleições municipais.

Vamos conversar?

No Youtube: https://youtu.be/5zU-Yz6lJxM

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Em meio à polarização crescente, à fragmentação dos discursos, às discussões em redes sociais e às cadeiradas em oponentes, surge a questão: como chegamos aqui e o que podemos fazer? A noção de “esfera pública”, discutida desde John Dewey até Jürgen Habermas e Nancy Fraser, evoca um espaço de comunicação entre cidadãos e cidadãs engajados no funcionamento de um regime democrático. Para Habermas, a própria ação comunicativa em sua estrutura guarda um potencial racional emancipatório que é vulnerável às distorções sistêmicas, seja pela influência de forças econômicas ou políticas deturpadoras. Para Fraser, a ideia de esfera pública deve ser alargada para pensar como esta se estrutura de acordo com categorias sociais marcantes. Assim, emergiriam esferas públicas subalternas de populações que se sentiriam alienadas da arena política. Quando observamos o Brasil e o mundo hoje, encontramos ânimos exaltados, raiva e violência, lacrações e refutações, em suma, um campo de batalha que em nada lembra a ágora. Será que tal espaço de debate racional e democrático um dia existiu, ou é um ideal regulador que devemos buscar, especialmente em tempos como o presente?

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