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Estados Unidos correm contra o relógio para tentar alguma solução diplomática no Oriente Médio

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Os Estados Unidos consideram que a morte do líder do Hamas, Yahyia Sinwar, abriu uma "janela de oportunidade" para uma nova tentativa de encerrar todos os conflitos em curso neste momento. Por isso o secretário de Estado norte-americano está novamente no Oriente Médio. A princípio, ele permanece na região até sexta-feira. A nova ofensiva diplomática dos Estados Unidos tem muitos desafios e pouco tempo para alcançar resultados.

Por Henry Galsky, correspondente da RFI em Israel

A menos de duas semanas das eleições, Washington corre para conseguir atingir objetivos complexos: encontrar caminhos para solucionar a guerra atual entre Israel e o Hamas e entre Israel e o Hezbollah; coordenar com o governo israelense a resposta aos cerca de 180 mísseis balísticos disparados pelo Irã em 1 de outubro e impedir um confronto aberto entre os dois países; elaborar algum acordo para a libertação dos 101 reféns israelenses mantidos pelo Hamas; e resolver a crise humanitária na Faixa de Gaza.

Segundo os Estados Unidos, desde o compromisso assumido em março por Israel de permitir a entrada de ajuda humanitária em grande quantidade na Faixa de Gaza, o menor montante foi registrado em setembro – segundo Washington, uma redução de 50% em relação aos meses anteriores. A situação é especialmente grave no norte do território.

Na terça-feira (22), a agência militar israelense responsável por implementar a política civil nos territórios palestinos disse ter facilitado a entrada de 237 caminhões de ajuda humanitária no norte de Gaza. Antes disso, essa porção do enclave ficou duas semanas sem receber qualquer carregamento.

O secretário Blinken se reuniu a portas fechadas por horas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Ao final do encontro, o gabinete do primeiro-ministro emitiu um comunicado dizendo apenas que a conversa teve como tema a discussão sobre uma "estrutura de governo para a Faixa de Gaza no dia seguinte ao fim do confronto". Já Blinken declarou ter dito a Netanyahu para "aproveitar a eliminação de Sinwar para acabar com a guerra em Gaza".

Em encontro com familiares de reféns israelenses que também têm cidadania norte-americana, Blinken revelou que trabalha neste momento numa espécie de acordo reduzido que poderia permitir a libertação de alguns dos sequestrados mantidos em cativeiro pelo Hamas. Segundo o Canal 12 de Israel, a informação do secretário corresponde a uma ideia apresentada a Ronen Bar, chefe do Shin Bet, o serviço de segurança interno de Israel, durante encontro com o chefe da Inteligência do Egito, Hassan Mahmoud Rashad: a libertação de parte dos reféns em troca de um cessar-fogo de duas semanas de duração.

O secretário Blinken se reuniu a portas fechadas por horas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A Casa Branca tem um plano que pode representar a última tentativa de encontrar soluções para todos os problemas. Enquanto o secretário de Estado buscava convencer Israel, Amos Hochstein, enviado especial do presidente Joe Biden, tentava fazer o mesmo do outro lado da fronteira, no Líbano.

Plano de Blinken

Segundo o portal Axios, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, busca colocar em prática um plano que teria como base ideias apresentadas por Israel e pelos Emirados Árabes Unidos (EAU).

Este projeto seria o grande legado da presidência de Joe Biden ao Oriente Médio.

A discussão ganhou força nos últimos meses, a ponto inclusive de ter sido tema de uma reunião secreta entre Ron Dermer, ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, o próprio secretário Blinken, e o ministro das Relações Exteriores dos EAU, Abdullah bin Zayed. O encontro teria ocorrido em Abu Dhabi em julho.

Um ponto de divergência importante é que os EAU querem que o plano tenha como base a visão de dois estados, Israel e Palestina. E este é um aspecto sobre o qual o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mostra profunda resistência, até porque alguns dos membros de sua coalizão de governo são abertamente contrários a qualquer menção a um estado palestino.

A iniciativa também é criticada por membros do governo da Autoridade Palestina (AP). Isso porque Israel e Emirados Árabes buscam deixar a AP de fora do processo de reconstrução de Gaza. Fontes dos Emirados Árabes acusam o presidente palestino Mahmoud Abbas de corrupção.

Por isso, a ideia dos EAU seria substituir a cúpula do governo de Abbas por uma figura palestina “empoderada e independente”, capaz de conduzir o pós-guerra na Faixa de Gaza. Israel, ao contrário dos EAU, não quer qualquer envolvimento da AP.

No entanto, Israel não conta com o apoio do governo dos Estados Unidos nesta questão, uma vez que os norte-americanos querem que a AP exerça alguma função em Gaza, muito embora “esta função ainda esteja sendo discutida”.

Israel x Irã

Em paralelo a isso, a resposta israelense aos mísseis balísticos disparados pelo Irã em 1 de outubro ainda não aconteceu. E, segundo a apuração da RFI, os últimos acontecimentos deram força a vozes no gabinete de ministros de Israel que querem uma resposta ainda mais potente.

Isso porque, no último sábado, um drone atingiu a casa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Cesareia, no norte do país. Ele não estava no local. O governo considera o ato uma tentativa de assassinato contra o premiê.

Após três dias, o Hezbollah reivindicou a autoria do ataque. Mais do que isso, o Hezbollah fez questão de assumir a ação de forma ampla e exclusiva. Isso porque nos últimos dias Israel responsabilizou o patrão do grupo, o Irã.

Um ataque contra a liderança do país poderia ser interpretado por Israel como uma espécie de fator a ser levado em conta para uma resposta "proporcional", ou seja, contra a principal liderança iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, o líder supremo do país. Isso explicaria a movimentação dos iranianos que têm buscado se distanciar da ação contra a casa de Netanyahu.

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Por Henry Galsky, correspondente da RFI em Israel

A menos de duas semanas das eleições, Washington corre para conseguir atingir objetivos complexos: encontrar caminhos para solucionar a guerra atual entre Israel e o Hamas e entre Israel e o Hezbollah; coordenar com o governo israelense a resposta aos cerca de 180 mísseis balísticos disparados pelo Irã em 1 de outubro e impedir um confronto aberto entre os dois países; elaborar algum acordo para a libertação dos 101 reféns israelenses mantidos pelo Hamas; e resolver a crise humanitária na Faixa de Gaza.

Segundo os Estados Unidos, desde o compromisso assumido em março por Israel de permitir a entrada de ajuda humanitária em grande quantidade na Faixa de Gaza, o menor montante foi registrado em setembro – segundo Washington, uma redução de 50% em relação aos meses anteriores. A situação é especialmente grave no norte do território.

Na terça-feira (22), a agência militar israelense responsável por implementar a política civil nos territórios palestinos disse ter facilitado a entrada de 237 caminhões de ajuda humanitária no norte de Gaza. Antes disso, essa porção do enclave ficou duas semanas sem receber qualquer carregamento.

O secretário Blinken se reuniu a portas fechadas por horas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Ao final do encontro, o gabinete do primeiro-ministro emitiu um comunicado dizendo apenas que a conversa teve como tema a discussão sobre uma "estrutura de governo para a Faixa de Gaza no dia seguinte ao fim do confronto". Já Blinken declarou ter dito a Netanyahu para "aproveitar a eliminação de Sinwar para acabar com a guerra em Gaza".

Em encontro com familiares de reféns israelenses que também têm cidadania norte-americana, Blinken revelou que trabalha neste momento numa espécie de acordo reduzido que poderia permitir a libertação de alguns dos sequestrados mantidos em cativeiro pelo Hamas. Segundo o Canal 12 de Israel, a informação do secretário corresponde a uma ideia apresentada a Ronen Bar, chefe do Shin Bet, o serviço de segurança interno de Israel, durante encontro com o chefe da Inteligência do Egito, Hassan Mahmoud Rashad: a libertação de parte dos reféns em troca de um cessar-fogo de duas semanas de duração.

O secretário Blinken se reuniu a portas fechadas por horas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A Casa Branca tem um plano que pode representar a última tentativa de encontrar soluções para todos os problemas. Enquanto o secretário de Estado buscava convencer Israel, Amos Hochstein, enviado especial do presidente Joe Biden, tentava fazer o mesmo do outro lado da fronteira, no Líbano.

Plano de Blinken

Segundo o portal Axios, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, busca colocar em prática um plano que teria como base ideias apresentadas por Israel e pelos Emirados Árabes Unidos (EAU).

Este projeto seria o grande legado da presidência de Joe Biden ao Oriente Médio.

A discussão ganhou força nos últimos meses, a ponto inclusive de ter sido tema de uma reunião secreta entre Ron Dermer, ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, o próprio secretário Blinken, e o ministro das Relações Exteriores dos EAU, Abdullah bin Zayed. O encontro teria ocorrido em Abu Dhabi em julho.

Um ponto de divergência importante é que os EAU querem que o plano tenha como base a visão de dois estados, Israel e Palestina. E este é um aspecto sobre o qual o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mostra profunda resistência, até porque alguns dos membros de sua coalizão de governo são abertamente contrários a qualquer menção a um estado palestino.

A iniciativa também é criticada por membros do governo da Autoridade Palestina (AP). Isso porque Israel e Emirados Árabes buscam deixar a AP de fora do processo de reconstrução de Gaza. Fontes dos Emirados Árabes acusam o presidente palestino Mahmoud Abbas de corrupção.

Por isso, a ideia dos EAU seria substituir a cúpula do governo de Abbas por uma figura palestina “empoderada e independente”, capaz de conduzir o pós-guerra na Faixa de Gaza. Israel, ao contrário dos EAU, não quer qualquer envolvimento da AP.

No entanto, Israel não conta com o apoio do governo dos Estados Unidos nesta questão, uma vez que os norte-americanos querem que a AP exerça alguma função em Gaza, muito embora “esta função ainda esteja sendo discutida”.

Israel x Irã

Em paralelo a isso, a resposta israelense aos mísseis balísticos disparados pelo Irã em 1 de outubro ainda não aconteceu. E, segundo a apuração da RFI, os últimos acontecimentos deram força a vozes no gabinete de ministros de Israel que querem uma resposta ainda mais potente.

Isso porque, no último sábado, um drone atingiu a casa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Cesareia, no norte do país. Ele não estava no local. O governo considera o ato uma tentativa de assassinato contra o premiê.

Após três dias, o Hezbollah reivindicou a autoria do ataque. Mais do que isso, o Hezbollah fez questão de assumir a ação de forma ampla e exclusiva. Isso porque nos últimos dias Israel responsabilizou o patrão do grupo, o Irã.

Um ataque contra a liderança do país poderia ser interpretado por Israel como uma espécie de fator a ser levado em conta para uma resposta "proporcional", ou seja, contra a principal liderança iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, o líder supremo do país. Isso explicaria a movimentação dos iranianos que têm buscado se distanciar da ação contra a casa de Netanyahu.

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