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O poderio militar de Venezuela e Guiana, e a entrada do Brasil no conflito

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A escalada de tensão entre Venezuela e a Guiana ganhou novos contornos desde que o ditador venezuelano Nicolás Maduro garantiu que fará de tudo para anexar parte do território do país vizinho, após a vitória em um referendo sobre a região de Essequibo. O presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse esperar que o Brasil seja um líder na manutenção da paz na América do Sul, e que vai recorrer ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Tanto o resultado quanto a realização do referendo em si desafiam a determinação da Corte Internacional de Justiça, a instância mais alta da Organização das Nações Unidas para julgar casos de soberania entre países. Na semana passada, os juízes do tribunal decidiram, de forma unânime, que a Venezuela não pode fazer nenhum movimento para tentar anexar Essequibo.

A Força de Defesa da Guiana foi estabelecida em 1965 e é uma força unificada com componentes terrestres, aéreos e da guarda costeira, que são treinados pela Academia Militar Real Britânica. Seu efetivo total é de 3 mil soldados, de acordo com dados divulgados pela CIA. Os equipamentos da Guiana são antigos, como tanques da década de 1970 e morteiros da década de 1940.

Já a Venezuela, conta com 514 blindados, 545 equipamentos de artilharia, 25 barcos de patrulha e 118 helicópteros, além de 40 caças e 440 canhões antiaéreos. Mas a vantagem venezuelana é ainda maior. Forças Armadas Nacionais Bolivarianas contam com um efetivo de entre 125 mil e 150 mil militares ativos.

O Brasil está no caminho para a Venezuela chegar por terra à Guiana, e isso já dificulta um plano de ataque, dada a neutralidade brasileira na disputa. Inclusive, o Exército brasileiro enviou 28 veículos blindados para a região da fronteira com a Venezuela. Os veículos, além de uma nova tropa com até 150 homens, chegarão na região nas próximas semanas.

Nesta quinta-feira, durante o encontro do Mercosul, Lula afirmou que o bloco "não pode ficar alheio" à tentativa da Venezuela de anexar o território de Essequibo, na Guiana.

Afinal, a Venezuela entraria em uma aventura militar, podendo ser massacrada por outros países, tanto na diplomacia, como militarmente? Qual o papel que o Brasil deve exercer no conflito? No ‘Estadão Notícias’ de hoje, vamos conversar sobre o assunto com o professor de relações internacionais da ESPM Gunther Rudzit.

O ‘Estadão Notícias’ está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência.

Apresentação: Emanuel Bomfim

Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Gabriela Forte

Sonorização/Montagem: Moacir Biasi

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Tanto o resultado quanto a realização do referendo em si desafiam a determinação da Corte Internacional de Justiça, a instância mais alta da Organização das Nações Unidas para julgar casos de soberania entre países. Na semana passada, os juízes do tribunal decidiram, de forma unânime, que a Venezuela não pode fazer nenhum movimento para tentar anexar Essequibo.

A Força de Defesa da Guiana foi estabelecida em 1965 e é uma força unificada com componentes terrestres, aéreos e da guarda costeira, que são treinados pela Academia Militar Real Britânica. Seu efetivo total é de 3 mil soldados, de acordo com dados divulgados pela CIA. Os equipamentos da Guiana são antigos, como tanques da década de 1970 e morteiros da década de 1940.

Já a Venezuela, conta com 514 blindados, 545 equipamentos de artilharia, 25 barcos de patrulha e 118 helicópteros, além de 40 caças e 440 canhões antiaéreos. Mas a vantagem venezuelana é ainda maior. Forças Armadas Nacionais Bolivarianas contam com um efetivo de entre 125 mil e 150 mil militares ativos.

O Brasil está no caminho para a Venezuela chegar por terra à Guiana, e isso já dificulta um plano de ataque, dada a neutralidade brasileira na disputa. Inclusive, o Exército brasileiro enviou 28 veículos blindados para a região da fronteira com a Venezuela. Os veículos, além de uma nova tropa com até 150 homens, chegarão na região nas próximas semanas.

Nesta quinta-feira, durante o encontro do Mercosul, Lula afirmou que o bloco "não pode ficar alheio" à tentativa da Venezuela de anexar o território de Essequibo, na Guiana.

Afinal, a Venezuela entraria em uma aventura militar, podendo ser massacrada por outros países, tanto na diplomacia, como militarmente? Qual o papel que o Brasil deve exercer no conflito? No ‘Estadão Notícias’ de hoje, vamos conversar sobre o assunto com o professor de relações internacionais da ESPM Gunther Rudzit.

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