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#12 Ufa! Sobrevivemos a 2020. E agora somos uma rede/rádio!
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2020 foi um ano muito difícil. Algumas palavras capazes de defini-lo são: cansaço, angústia, medo, tristeza, luto e indignação. Não bastasse um (des)governo de feições fascistas, absolutamente negligente, sobretudo quando se trata dos mais vulneráveis; ainda tivemos que conviver com uma pandemia que escancarou desigualdades estruturais, ceifou milhares de vidas e ampliou a perversa face necropolítica da máquina estatal. Diante dos desafios de trabalhar com educação e pesquisa num ambiente marcado pelo negacionismo e pela perseguição intelectual e, ainda, sem a possibilidade das atividades presenciais, a mediação das tecnologias digitais se mostrou essencial e, com isso, os podcasts acabaram se tornando, junto com as lives/webinários, um espaço muito importante de trocas e circulação de reflexões acadêmicas. No caso da antropologia, os podcasts também se tornaram meios de ampliar o alcance das atividades de ensino, além de permitirem um maior contato entre aquilo que fazemos e um publico mais amplo, incluindo os/as interlocutores/as de nossas pesquisas. Nós, do Antropólis, iniciamos esse trabalho logo que a pandemia começou e fomos acompanhando semana após semana, o surgimento de novos podcasts produzidos por antropólogos/as, com diferentes formatos. Inspirados em experiências que admiramos, como as das rádios Novelo e Guarda Chuva, decidimos criar uma rede/rádio de podcasts de ciências sociais, com ênfase especial na antropologia, juntamente com o Observa Antropologia (UFPB), o Museológicas (UFPE) e o Mundaréu (Unicamp/UNB). E, após essa primeira configuração, outros podcasts foram se juntando, como: Conversas da Kata, Compósita, Larvas Incendiadas, Antropocast, Campo, Poéticas Sociais, BievCast e Urbanidades, sendo alguns vinculados a laboratórios de pesquisa específicos, outros a departamentos em instituições universitárias e outros feitos de forma mais independente. O nome, KereKere, sugerido por Soraya Fleischer, professora do Departamento de Antropologia da UNB (DAN) e uma das anfitriãs do podcast Mundaréu, diz respeito, segundo Marcel Mauss, em sua obra clássica "Ensaio sobre a dádiva", a uma estação do ano em que a recusa da troca é interditada. Nas palavras do autor: “Há uma estação do ano, a do kere-kere, durante a qual nada se pode recusar a ninguém”. E foi, portanto, imbuída desse sentimento que a Rádio Kere-Kere se formou como um espaço de experimentação, troca e aprendizado entre produtores e editores de podcast em ciências sociais, especialmente antropologia. Sobrevivemos a 2020 e agora, somos uma rádio/rede. Que venha 2021, com todos os seus desafios e experimentações...
Equipe técnica do episódio:
Guilhermo Aderaldo: coordenação, locução, roteiro, edição de áudio
Gabriela Lamas: Locução, roteiro, edição de imagens
Ediane Oliveira: Locução, roteiro
Claudia Turra Magni: locução, coordenação
Francisco Neto: Locução, coordenação
Podcasts convidados:
Mundaréu
https://mundareu.labjor.unicamp.br/
Observa Antropologia
https://open.spotify.com/show/6oYXFBdc9YK7oBzssutaRo?si=G83IMR8cRSiU0A3Te2FcNg
Museológicas
https://open.spotify.com/show/0ufROTuLYEA5Qmd5hMJfZy?si=P5M2TvhtRYakaGTTTYkz5g
Rádio KereKere
https://radiokerekere.wordpress.com/about/
Agradecemos muito à todas as equipes dos podcasts que, generosamente, compartilharam seus momentos conosco. Também agradecemos a todos/as os/as colegas que, ao longo do ano participaram de nossos episódios e à toda a rede KereKere, pela potência desses encontros.
30 episodios
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2020 foi um ano muito difícil. Algumas palavras capazes de defini-lo são: cansaço, angústia, medo, tristeza, luto e indignação. Não bastasse um (des)governo de feições fascistas, absolutamente negligente, sobretudo quando se trata dos mais vulneráveis; ainda tivemos que conviver com uma pandemia que escancarou desigualdades estruturais, ceifou milhares de vidas e ampliou a perversa face necropolítica da máquina estatal. Diante dos desafios de trabalhar com educação e pesquisa num ambiente marcado pelo negacionismo e pela perseguição intelectual e, ainda, sem a possibilidade das atividades presenciais, a mediação das tecnologias digitais se mostrou essencial e, com isso, os podcasts acabaram se tornando, junto com as lives/webinários, um espaço muito importante de trocas e circulação de reflexões acadêmicas. No caso da antropologia, os podcasts também se tornaram meios de ampliar o alcance das atividades de ensino, além de permitirem um maior contato entre aquilo que fazemos e um publico mais amplo, incluindo os/as interlocutores/as de nossas pesquisas. Nós, do Antropólis, iniciamos esse trabalho logo que a pandemia começou e fomos acompanhando semana após semana, o surgimento de novos podcasts produzidos por antropólogos/as, com diferentes formatos. Inspirados em experiências que admiramos, como as das rádios Novelo e Guarda Chuva, decidimos criar uma rede/rádio de podcasts de ciências sociais, com ênfase especial na antropologia, juntamente com o Observa Antropologia (UFPB), o Museológicas (UFPE) e o Mundaréu (Unicamp/UNB). E, após essa primeira configuração, outros podcasts foram se juntando, como: Conversas da Kata, Compósita, Larvas Incendiadas, Antropocast, Campo, Poéticas Sociais, BievCast e Urbanidades, sendo alguns vinculados a laboratórios de pesquisa específicos, outros a departamentos em instituições universitárias e outros feitos de forma mais independente. O nome, KereKere, sugerido por Soraya Fleischer, professora do Departamento de Antropologia da UNB (DAN) e uma das anfitriãs do podcast Mundaréu, diz respeito, segundo Marcel Mauss, em sua obra clássica "Ensaio sobre a dádiva", a uma estação do ano em que a recusa da troca é interditada. Nas palavras do autor: “Há uma estação do ano, a do kere-kere, durante a qual nada se pode recusar a ninguém”. E foi, portanto, imbuída desse sentimento que a Rádio Kere-Kere se formou como um espaço de experimentação, troca e aprendizado entre produtores e editores de podcast em ciências sociais, especialmente antropologia. Sobrevivemos a 2020 e agora, somos uma rádio/rede. Que venha 2021, com todos os seus desafios e experimentações...
Equipe técnica do episódio:
Guilhermo Aderaldo: coordenação, locução, roteiro, edição de áudio
Gabriela Lamas: Locução, roteiro, edição de imagens
Ediane Oliveira: Locução, roteiro
Claudia Turra Magni: locução, coordenação
Francisco Neto: Locução, coordenação
Podcasts convidados:
Mundaréu
https://mundareu.labjor.unicamp.br/
Observa Antropologia
https://open.spotify.com/show/6oYXFBdc9YK7oBzssutaRo?si=G83IMR8cRSiU0A3Te2FcNg
Museológicas
https://open.spotify.com/show/0ufROTuLYEA5Qmd5hMJfZy?si=P5M2TvhtRYakaGTTTYkz5g
Rádio KereKere
https://radiokerekere.wordpress.com/about/
Agradecemos muito à todas as equipes dos podcasts que, generosamente, compartilharam seus momentos conosco. Também agradecemos a todos/as os/as colegas que, ao longo do ano participaram de nossos episódios e à toda a rede KereKere, pela potência desses encontros.
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