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#10 As cidades do sagrado: entrevista com Edgar Rodrigues Neto

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Que a cidade é uma realidade complexa, com diferentes dimensões que configuram e reconfiguram os sentidos de sua presença, é uma ideia recorrente para aquelas e aqueles que se detém a observá-la através da experiência de quem as habita. O que talvez seja menos óbvio são os percursos que essas diferentes formas de conhecimento dessa realidade plural podem apresentar.

Neste episódio do Antropólis veremos um destes percursos potentes, onde a imersão do antropólogo no universo das religiões de matriz africana desvenda um pensamento sofisticado e ativo sobre a forma como as coisas do mundo são constituídas, inclusive a cidade e as circunstâncias humanas e não humanas que definem sua existência. Uma das qualidades das pesquisas do professor e antropólogo Edgar R. Barbosa Neto, agora na Faculdade de Educação da UFMG, é dar visibilidade a um pensamento potente, que configura muito do que a cidade de Pelotas/RS é e que, por estas artimanhas dos princípios colonialista e racista que configuram o discurso público sobre nossas cidades, impõe às expressões da tradição afro-brasileira uma existência quase em segredo. Ou, se se reconhece sua presença, é para controlá-la através de sua redução ao exótico, um “traço” cultural que pode ser exibido em certas circunstâncias. Em direção radicalmente oposta, as pesquisas de Edgar em Pelotas mostram que a “ancestralidade” africana configura um caminho potente de produção de territórios epistêmico e espiritual que dá sentido a experiência dos que são afetados por sua presença.

A própria trajetória pessoal e acadêmica do professor Edgar mostram a potência desta presença. Já em Belo Horizonte, na UFMG, envolve-se com a coordenação de uma iniciativa com um potencial de transformação pouco visto na vida das universidades brasileiras. O Encontro de Saberes, projeto gestado na Universidade de Brasília, traz para a universidade, como professores e professoras, mestres do saber tradicional. Essa relação entre o saber tradicional e o saber acadêmico e científico nos parece com potencial para transformar os postulados da produção do conhecimento das universidades, abrindo novas possibilidades e requalificando o lugar da universidade como um espaço de produção de conhecimento mais inclusivo e democrático. Não tem como desvincular esse engajamento de uma amplitude de perspectiva surgida no “ser afetado” que emergiu da interlocução do pesquisador com universo das religiões de matriz africana.

Enfim, estes e outros assuntos nosso ouvintes poderão usufruir em mais esse episódio do Antropólis.

Equipe Antropólis: Guilhermo Aderaldo, Ediane Oliveira, Gabriela Lamas, Claudia Turra Magni e Francisco Neto

Apresentação no episódio: Ediane Oliveira

Entrevistadores do episódio: Ediane Oliveira, Francisco Neto, Adriane Rodolpho e Leandro Barbosa

Edição de som: Guilhermo Aderaldo

Edição de imagens: Gabriela Lamas

Texto de apresentação do episódio: Francisco Neto

Músicas utilizadas no episódio: O canto das três raças (Clara Nunes); Oba Iná (Meta Metá); Jorge da Capadócia (Racionais MC's); Deus é uma mulher preta (Jessica Gaspar); Oxala: Nação Gejê Ijexa (Antonio Carlos de Xango)

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Neste episódio do Antropólis veremos um destes percursos potentes, onde a imersão do antropólogo no universo das religiões de matriz africana desvenda um pensamento sofisticado e ativo sobre a forma como as coisas do mundo são constituídas, inclusive a cidade e as circunstâncias humanas e não humanas que definem sua existência. Uma das qualidades das pesquisas do professor e antropólogo Edgar R. Barbosa Neto, agora na Faculdade de Educação da UFMG, é dar visibilidade a um pensamento potente, que configura muito do que a cidade de Pelotas/RS é e que, por estas artimanhas dos princípios colonialista e racista que configuram o discurso público sobre nossas cidades, impõe às expressões da tradição afro-brasileira uma existência quase em segredo. Ou, se se reconhece sua presença, é para controlá-la através de sua redução ao exótico, um “traço” cultural que pode ser exibido em certas circunstâncias. Em direção radicalmente oposta, as pesquisas de Edgar em Pelotas mostram que a “ancestralidade” africana configura um caminho potente de produção de territórios epistêmico e espiritual que dá sentido a experiência dos que são afetados por sua presença.

A própria trajetória pessoal e acadêmica do professor Edgar mostram a potência desta presença. Já em Belo Horizonte, na UFMG, envolve-se com a coordenação de uma iniciativa com um potencial de transformação pouco visto na vida das universidades brasileiras. O Encontro de Saberes, projeto gestado na Universidade de Brasília, traz para a universidade, como professores e professoras, mestres do saber tradicional. Essa relação entre o saber tradicional e o saber acadêmico e científico nos parece com potencial para transformar os postulados da produção do conhecimento das universidades, abrindo novas possibilidades e requalificando o lugar da universidade como um espaço de produção de conhecimento mais inclusivo e democrático. Não tem como desvincular esse engajamento de uma amplitude de perspectiva surgida no “ser afetado” que emergiu da interlocução do pesquisador com universo das religiões de matriz africana.

Enfim, estes e outros assuntos nosso ouvintes poderão usufruir em mais esse episódio do Antropólis.

Equipe Antropólis: Guilhermo Aderaldo, Ediane Oliveira, Gabriela Lamas, Claudia Turra Magni e Francisco Neto

Apresentação no episódio: Ediane Oliveira

Entrevistadores do episódio: Ediane Oliveira, Francisco Neto, Adriane Rodolpho e Leandro Barbosa

Edição de som: Guilhermo Aderaldo

Edição de imagens: Gabriela Lamas

Texto de apresentação do episódio: Francisco Neto

Músicas utilizadas no episódio: O canto das três raças (Clara Nunes); Oba Iná (Meta Metá); Jorge da Capadócia (Racionais MC's); Deus é uma mulher preta (Jessica Gaspar); Oxala: Nação Gejê Ijexa (Antonio Carlos de Xango)

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