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#114: Exploração do pré-sal põe em risco maior área de restinga do Brasil

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O programa Ambiente é o Meio desta semana fala sobre a exploração do pré-sal na maior área de restinga do Brasil, em Macaé, no Rio de Janeiro. O convidado é o biólogo Carlos Alberto Barboza, graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutor em Biologia Marinha pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Barboza, que é membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação e do Programa de Pós-Graduação Profissional em Ambiente, Sociedade e Desenvolvimento da UFRJ, conta que passou cerca de dois anos estudando a ecologia de praias arenosas. “Ao longo desses anos, a minha pesquisa vem se concentrando no estudo desses ecossistemas, que a gente fala que são os sistemas praiais”, explica.

Parte da Mata Atlântica, a restinga consiste em formações intercaladas por cordões arenosos com condições ambientais adversas. Barboza contextualiza que essas áreas enfrentam altas temperaturas, influência marinha e, por vezes, déficit hídrico, abrigando fauna e flora adaptadas. Segundo ele, as vegetações de restinga e ecossistemas costeiros estão ameaçados pela urbanização, industrialização e mudanças climáticas, além do aumento do nível do mar, representando riscos para a população costeira.

Assim, lembra o biólogo, a instalação de infraestrutura para exploração do pré-sal transformou o município de Macaé, resultando em aumento na densidade populacional e modificação do hábitat natural da costa. Afirma que, apesar de parte da exploração ficar distante, em alto mar, toda a infraestrutura associada à exploração de energia teve impacto significativo na cidade que se autodenomina “a capital nacional do petróleo”.

Segundo Barboza, o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, uma das mais antigas áreas de conservação, enfrenta ameaças, especialmente devido à urbanização e ocupação irregular em seu entorno. A cidade, no entanto, ainda mantém áreas costeiras preservadas em comparação com outros pólos econômicos.

O pesquisador alerta ainda para a complexidade da transição energética. “O quanto nós vamos perder no sentido social, ambiental e econômico do País, num investimento da exportação dessa energia, e o contrapasso da transição para energia verde”, considera Barboza que acredita, como estratégia, pensar Macaé não apenas como a capital da energia, mas também como a capital do conhecimento, buscando alternativas de produção energética e investindo em educação e pesquisa para empoderar a população local.

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Barboza, que é membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação e do Programa de Pós-Graduação Profissional em Ambiente, Sociedade e Desenvolvimento da UFRJ, conta que passou cerca de dois anos estudando a ecologia de praias arenosas. “Ao longo desses anos, a minha pesquisa vem se concentrando no estudo desses ecossistemas, que a gente fala que são os sistemas praiais”, explica.

Parte da Mata Atlântica, a restinga consiste em formações intercaladas por cordões arenosos com condições ambientais adversas. Barboza contextualiza que essas áreas enfrentam altas temperaturas, influência marinha e, por vezes, déficit hídrico, abrigando fauna e flora adaptadas. Segundo ele, as vegetações de restinga e ecossistemas costeiros estão ameaçados pela urbanização, industrialização e mudanças climáticas, além do aumento do nível do mar, representando riscos para a população costeira.

Assim, lembra o biólogo, a instalação de infraestrutura para exploração do pré-sal transformou o município de Macaé, resultando em aumento na densidade populacional e modificação do hábitat natural da costa. Afirma que, apesar de parte da exploração ficar distante, em alto mar, toda a infraestrutura associada à exploração de energia teve impacto significativo na cidade que se autodenomina “a capital nacional do petróleo”.

Segundo Barboza, o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, uma das mais antigas áreas de conservação, enfrenta ameaças, especialmente devido à urbanização e ocupação irregular em seu entorno. A cidade, no entanto, ainda mantém áreas costeiras preservadas em comparação com outros pólos econômicos.

O pesquisador alerta ainda para a complexidade da transição energética. “O quanto nós vamos perder no sentido social, ambiental e econômico do País, num investimento da exportação dessa energia, e o contrapasso da transição para energia verde”, considera Barboza que acredita, como estratégia, pensar Macaé não apenas como a capital da energia, mas também como a capital do conhecimento, buscando alternativas de produção energética e investindo em educação e pesquisa para empoderar a população local.

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